Chimarrão: uma tradição bem contemporânea

Tudo é uma questão de cultura. Lembro bem que, na minha infância, havia a cuia das crianças e a dos adultos, pois era comum os pequenos tomarem mate (doce) enquanto os adultos tomavam chimarrão (amargo).

E também porque a cuia dos pequenos era proporcional a eles, pequena também, e a água estava mais para morna do que quente, claro. 


Mas uma coisa era igual: ambas eram tradicionais, ou seja, de porongo. Ah, e normalmente feitas em casa. (Eu tive o privilégio de aprender a fazer e ter a minha própria cuia! Mas bah, tche!)

Hoje a tradição está renovada. Crianças e adultos continuam tomando chimarrão (cada vez menos feito com açúcar, o que é bom para a saúde). E há cuias feitas de madeira, porcelana, vidro e, claro, porongo, agora envernizada, que fica mais bonita e durável. 

Porém o marco contemporâneo está mesmo por conta dos modelos forrados, seja com resina, couro ou tecido. Há opções oncinha, floral, Gre-Nal, de bichinhos... enfim, para todos os gostos!

Círculos de conversa

O importante é manter a tradição da reunião dos familiares e amigos numa roda de conversa, seja para abordar assuntos amenos como os acontecimentos da novela quanto para discutir assuntos importantes, inclusive política. 

De mão em mão, a cuia vai reforçando o elo de amizade e respeito. 

E ainda serve para cuidar da saúde, uma vez que o chimarrão nada mais é do que um chá.

Claro que tudo que é em excesso faz mal. Sendo assim, nada de esquentar demais a água, para evitar problemas com queimaduras no trato digestivo.