Mal começou o ano e provavelmente você está vivendo uma destas duas situações: anda em busca de emprego ou está preocupado em manter o que já têm. Seja qual for o seu caso, a dica é informar-se, preparar-se e ir à luta! Afinal, a dúvida sobre como será 2017 tem sido o tema principal nas rodas de conversa sobre mercado de trabalho. E isso se justifica pelos números dos dois últimos anos, nada animadores: foram fechadas 32.260 vagas em 2016 e outras 58.599 em 2015 em Santa Catarina. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Para ajudá-lo na sua empreitada, entrevistei o administrador e consultor Sady Bordin, que tem especialização em Marketing e MBA em Gestão e Estratégia Empresarial. Ele é o autor do livro Vencendo a crise – 100 Dicas para Conseguir, Manter ou Trocar de Emprego, lançado pela Best Business (224 páginas, R$ 27,50).
É um livro dividido em 12 capítulos e muito fácil de ler. Como o próprio autor admite, são dicas simples, muitas até já conhecidas, mas que precisam ser relembradas para que efetivamente sejam colocadas em prática.
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Uma combinação e tanto: chimarrão e leitura |
É um livro dividido em 12 capítulos e muito fácil de ler. Como o próprio autor admite, são dicas simples, muitas até já conhecidas, mas que precisam ser relembradas para que efetivamente sejam colocadas em prática.
Uma dessas dicas preciosas é que devemos procurar uma vaga que tenha a ver com a gente, ou seja, esteja alinhada ao nosso perfil. Isso explica porque algumas pessoas mandam dezenas de currículos, para várias áreas, e nunca são chamadas: porque não estão de acordo com o interesse da empresa. Para evitar esse desgaste, é fundamental estabelecer empresas-alvo.
Confira 10 DICAS na entrevista com o consultor Sady Bordin
1) FOCO NAS EMPRESAS-ALVO.
No livro, o senhor destaca que é importante pesquisar e fazer uma lista de empresas-alvo antes de partir para a entrega de currículos. No que isso pode ser uma vantagem?
Sady – A vantagem é evitar que o candidato perca seu precioso tempo e gaste energia em vagas de empresas que não estão alinhadas com seu perfil. O candidato deve avaliar se o perfil da empresa e o da vaga oferecida estão alinhados com o perfil dele, tanto técnico (conjunto de habilidades e competências) quanto psicológico (satisfação com o cargo/função oferecido).
2) SATISFAÇÃO PESSOAL.
As pessoas estão se preocupando com satisfação pessoal na hora de buscar uma vaga ou estão atirando para todos os lados? Qual deve ser o foco?
Sady – O foco deve ser a realização profissional. Infelizmente a maioria dos candidatos, talvez por conta do desespero em conseguir um emprego, sai atirando para todos os lados, o que, evidentemente, é um erro. Não se deve procurar um emprego, mas a possibilidade de se fazer uma carreira.
3) ESTEJA QUALIFICADO.
No livro, também é destacado que é preciso se preocupar com qualificação, indo além do que a maioria foi. No que os candidatos que não conseguem colocação podem estar errando? E quem está empregado também deve se preocupar com isso?
Sady – Os motivos que levam alguém a não conseguir um emprego são inúmeros, dentre os quais podemos citar:
a) currículo mal-elaborado;
b) falta de alinhamento entre o perfil da vaga e o do candidato;
c) qualificação acima do desejado para a vaga;
d) falta de qualificação para a vaga;
e) mau desempenho na entrevista ou na dinâmica de grupo.
Quem está empregado também deve se preocupar com a qualificação tendo em vista uma eventual promoção na empresa. Por exemplo: apenas 5% dos brasileiros dominam o inglês. Imagine que uma empresa queira promover um colaborador a gerente de exportação. Evidente que esta pessoa terá que dominar o inglês, caso contrário a empresa contratará alguém de fora.
b) falta de alinhamento entre o perfil da vaga e o do candidato;
c) qualificação acima do desejado para a vaga;
d) falta de qualificação para a vaga;
e) mau desempenho na entrevista ou na dinâmica de grupo.
Quem está empregado também deve se preocupar com a qualificação tendo em vista uma eventual promoção na empresa. Por exemplo: apenas 5% dos brasileiros dominam o inglês. Imagine que uma empresa queira promover um colaborador a gerente de exportação. Evidente que esta pessoa terá que dominar o inglês, caso contrário a empresa contratará alguém de fora.
4) TENHA BOAS REFERÊNCIAS.
Qual a importância de se manter uma lista de referências pessoais?
Sady – Uma lista de referência – que não seja de parentes – é como um atestado de garantia de qualidade do profissional. Se o entrevistador conhecer de nome a referência, melhor ainda, pois ele ficará mais seguro da contratação.
5) ATENÇÃO À EMBALAGEM.
O senhor também fala que devemos nos preocupar com nossa embalagem. Tatuagens, piercings e estilo de roupas ainda são problema nos dias atuais?
Sady – A aparência diz muito sobre uma pessoa, se ela é esmerada, se tem bom gosto, se é caprichosa e se procura transmitir uma boa imagem. Convém lembrar que cada colaborador é um porta-voz da empresa. Se ele é desleixado, essa será a imagem que ele passará da empresa. Por isso esta questão é tão importante, apesar de muitas pessoas não se tocarem a respeito disso. A questão das tatuagens, piercings e estilo de roupas não devem ser encaradas como um problema, mas apenas com adequação ao perfil da empresa. Por exemplo: se a vaga for para instrutor de surfe, não há problema algum em comparecer a uma entrevista vestindo bermuda, sandália e camiseta regata, expondo tatuagens. Já se a entrevista for para um escritório de advocacia, a dupla terno e gravata é indispensável.
6) CAUSE BOA IMPRESSÃO.
Qual a importância da primeira impressão com o currículo? E durante uma entrevista de emprego
Sady – Coloque-se no papel de um recrutador. Ele deve analisar dezenas de currículos em questão de minutos. Aqueles confusos, com erros de português, são sumariamente eliminados, por melhor que seja o candidato. Durante a entrevista, uma frase infeliz pode acabar com qualquer chance de contratação. Uma saia muito curta pode, da mesma forma, acabar com as chances de uma candidata. Infelizmente não há uma segunda chance para causar uma primeira boa impressão.
7) OLHO NAS REDES SOCIAIS.
O uso das redes sociais pode ser um problema?
Sady – Sem a menor dúvida. Um profissional, esteja procurando emprego ou empregado, deve adotar a política da neutralidade na rede social, evitando comentários políticos e religiosos, pois nunca se sabe a posição da empresa ou do recrutador a respeito de política ou religião e o confronto não é, nem de longe, uma boa ideia. Comentários racistas, então, serão certamente considerados como suicídio profissional.
8) SEJA ÉTICO.
Outro ponto importante no livro é que está falando ética. Pode citar exemplos?
Sady – Veja esta história: uma funcionária entrou em licença médica por causa de depressão. Mas, logo na primeira semana, ela postou uma foto no Facebook onde aparecia numa praia linda, sorrindo e segurando um copo de cerveja na mão. Muito estranho, não? Acabou demitida por justa causa. Já quem é candidato, cuidado para não citar no currículo informações que não são verdadeiras: se você fez quatro anos de faculdade, mas não se formou, então não dá para dizer que você é formado, que tem graduação.
9) FALE A VERDADE.
Qual é o pecado capital em uma entrevista de emprego?
Sady – Faltar com a verdade. Engana-se quem pensa que a empresa não irá checar as informações fornecidas na entrevista.
10) TIRE APRENDIZADO DE TUDO.
E como deve ser o comportamento de um candidato cujo resultado no processo seletivo foi negativo?
Sady – Profissional. Deve-se, primeiro, agradecer pela oportunidade de ter participado do processo seletivo e, em segundo lugar, procurar saber o motivo pelo qual não foi aprovado.
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Entrevista produzida por mim originalmente para o jornal Hora de SC, com publicação no dia 13 de fevereiro de 2017. Confira AQUI.
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